Somente no primeiro semestre deste ano, foram realizadas 222 cirurgias, 394 consultas de primeira vez e 2.796 consultas de retorno/seguimento, além de 33 altas oncológicas.
Desde que a atual gestão assumiu a administração da Fundação Cecon, foram conquistados muitos progressos e melhorias para o tratamento do câncer de mama no Amazonas. Dentre as melhorias, estão a redução do tempo de espera para a realização de cirurgias oncológicas nas mamas, que antes era de 90 dias e que, nos últimos três anos, vem sendo de 30 a 40 dias.
“Isso foi possível graças à implantação do Serviço de Navegação da Mastologia, em maio de 2019, e às mudanças no fluxo de atendimento do serviço de Mastologia. Estamos em contínuas melhorias e visando também a ambulatorização, que é realizar a biópsia da mulher sem a necessidade de internação”, disse o mastologista Gerson Mourão, diretor-presidente da FCecon.
Navegação – O Serviço de Navegação da Mastologia oferece atendimento humanizado e agiliza o tratamento do câncer de mama, indicando os casos que necessitam de prioridade em consultas, exames e cirurgias. Todo o processo é acompanhado por uma profissional da saúde, a enfermeira navegadora.
“O papel da Enfermagem de Navegação é estar mais perto dessa paciente, facilitando não só a entrada dela na instituição, mas o caminho que ela tem que percorrer para fazer cirurgia, exames pré-operatórios, para fazer tudo que é necessário para dar seguimento ao tratamento”, explica a mastologista Hilka Espírito Santo, gerente da Mastologia/FCecon.
Acolhimento e discussão de casos – Outra medida da atual gestão da FCecon, juntamente com o serviço de Mastologia, foi implantar duas importantes reuniões.
Uma delas é voltada para o acolhimento de pacientes dias antes da cirurgia. Às sextas-feiras, em reunião com os profissionais da Mastologia, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social e da Navegação, pacientes e seus familiares e acompanhantes recebem as orientações sobre as cirurgias e o tratamento como um todo, sendo realizado ainda um checklist dos exames pré-operatórios.
Em função da pandemia de Covid-19, foi preciso suspender essas reuniões, aguardando-se o restabelecimento total da segurança epidemiológica em relação ao novo coronavírus.
Já as mesas-redondas da Mastologia, também criadas em 2019, já retornaram. No encontro, os médicos especialistas e residentes se reúnem para discutir a melhor conduta cirúrgica para cada caso de câncer de mama. A reunião ocorre toda terça-feira.
Orientação – A Fundação Cecon também lançou, em outubro de 2019, a cartilha com informações sobre a cirurgia de mastectomia, que consiste na retirada total ou parcial da mama. O objetivo é contribuir com a recuperação da paciente após o procedimento.
O material didático, feito pelo serviço de Fisioterapia da instituição, contém ilustrações com exercícios que a própria mulher pode realizar em casa, cuidados pós-cirurgia, dentre outras informações. A cartilha está disponível para download no portal da FCecon (
www.fcecon.am.gov.br).
Pandemia – Durante os dois picos da pandemia de Covid-19, o serviço de Mastologia realizou ações para não prejudicar o tratamento das pacientes com câncer de mama.
As pacientes foram divididas em três grupos. Todas as pacientes realizaram cirurgias sem intercorrências e voltaram para a FCecon para dar continuidade ao seu tratamento. “Essa ação possibilitou o tratamento cirúrgico em tempo adequado, representando impacto positivo no tratamento e sobrevida das pacientes, pois naquele momento estávamos impossibilitados de realizar cirurgias na FCecon”, afirma Espírito Santo.
Projetos – Um dos projetos da FCecon para o tratamento do câncer de mama no Estado é a aquisição de um mamógrafo de alta resolução, acoplado com um equipamento capaz de realizar biópsia.
“Com este equipamento, que custa R$ 1,7 milhão e teve emenda federal destinada pelo deputado José Ricardo, é possível fazer a biópsia na mama das pacientes sem que elas se internem na Fundação. Isto é bom para a paciente e economiza gastos com internação”, afirma Gerson Mourão.
A compra do mamógrafo está em análise no Ministério da Saúde.
FOTO: Laís Pompeu/FCecon