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Centro de Parto Normal do Instituto Dona Lindu terá estrutura para atendimento humanizado e multicultural

03/11/2021 15:44:14

Espaço foi inaugurado pelo governador Wilson Lima nesta quarta-feira (03/11), em mais uma ação que reestrutura a rede materno-infantil 

Inaugurado nesta quarta-feira (03/11) pelo Governo do Estado, o Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar (CPNI) do Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL) disponibilizará para a população uma estrutura que permite um atendimento humanizado, englobando um protocolo multicultural. O evento de abertura do espaço contou com a participação do governador Wilson Lima, reestruturando a rede materno-infantil. 

Este é o segundo Centro de Parto Normal inaugurado pelo Governo do Estado. O primeiro foi o da maternidade Balbina Mestrinho, entregue em 2019, eleito no ano passado entre as 16 experiências exitosas da rede SUS na premiação Laboratório de Inovação em Enfermagem, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen).

De acordo com a diretora do Instituto da Mulher Dona Lindu, Dalzira Pimentel, o CNPI vai dispor de quatro suítes, sendo uma delas temática, atendendo mulheres de cultura indígena e quilombolas. Para ela, a abertura do espaço representa um avanço na saúde do Amazonas.

“O impacto para a sociedade é muito importante, porque o Ministério da Saúde estimula o parto normal, e nós estávamos devendo esse espaço aqui no Instituto da Mulher. E hoje concretizamos, graças ao olhar bastante significativo da Secretaria, que quer dar o melhor para a população. Então hoje nós estamos fazendo essa entrega para a sociedade”, disse a diretora.

Humanização – O atendimento no CPNI engloba o protocolo multicultural, para mulheres estrangeiras, indígenas, brasileiras e surdas. O acolhimento inclui o suporte de tradução em língua espanhola, inglesa, tikuna e Língua Brasileira de Sinais (Libras). Com a temática indígena, na suíte “Nascer do Sol” será disponibilizada a tradução do “Juramento do Pai”, durante o Corte do Cordão Umbilical, para língua tikuna.

Além da experiência de parto na água, o CPNI possui outras modalidades, estimulando o parto vertical, ou seja, com a parturiente em pé, sentada ou ajoelhada, propicia a gravidade. Na modalidade, a mulher estará ajudando o seu corpo no processo de nascimento, trabalhando a favor dele. A posição vertical faz ainda com que as contrações uterinas sejam mais eficientes.

Estrutura – A suíte “Nascer das Águas” dispõe de banheira de hidromassagem para relaxamento muscular e amenizar as dores das contrações e iluminação especial para ajudar no acolhimento da paciente, utilizando modernas técnicas de cromoterapia.

Cada sala de parto conta com uma temática e decoração diferenciada para acolher a mãe e a família durante o processo da parturiente, além dos serviços de musicoterapia, reflexologia e escalda-pés. Todas as suítes estão equipadas com cama padrão PPP (Pré-Parto, Parto e Pós-Parto). A construção e compra dos equipamentos do CPNI foi realizada a partir de recursos da Rede Cegonha, liberados pelo Fundo Estadual de Saúde.

O atendimento humanizado no CPNI é realizado por equipe multiprofissional composta por enfermeiros obstetras e técnicos de enfermagem, além da equipe de retaguarda, formada por médicos obstetras, pediatras, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.

Para Alcinete Viana, grávida de nove meses, o ambiente gera um sentimento de tranquilidade para o momento do parto.

“Estou me sentindo mais acolhida, e é como se eu estivesse em casa, com os familiares dando apoio. Aqui eu estou achando um ambiente bem tranquilo. Faz toda a diferença sem aquele monte de aparelho fazendo barulho no ouvido da gente, acho que atrapalha um pouco”, diz ela. 

Entre os critérios para o parto no CPNI estão: gestação única, a mulher estar com 37 semanas ou mais e em dia com as consultas de acompanhamento pré-natal. Não apresentar comorbidades e alterações nos exames laboratoriais (sorologias) e de imagem (ultrassom). Avaliação obstétrica e entrevista é feita no processo que antecede à admissão da gestante e, caso não haja impedimento para o parto normal, a grávida pode escolher a forma que achar mais confortável de ter seu bebê.


FOTOS: Arthur Castro/Secom e Diego Peres/Secom